Como aplicativos e streaming estão incomodando o status quo

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Pois é parece que a evolução nem sempre é fácil. Alguns novos serviços (outros nem tão novos assim) incomodam, e muito, a lógica vigente. Recentemente, os taxistas travaram uma guerra (sem aspas mesmo) contra o motoristas que usam o aplicativo Uber pra atender passageiros. Quem trabalha com o taxi argumenta que o app não é regulamentado, e por isso deve ser banido.

Além do Uber, a Netflix, os serviços de streaming de músicas e até o Whatsapp estão sob a mira de grandes corporações no Brasil. E você, de que lado está?

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A última que se tem notícia é o “boicote” que as empresas de telefonia querem fazer com o Whatsapp. Durante um tempo, aparentemente, o aplicativo (que é o 4º maior do Brasil) não incomodou e teve até empresa de celular que fazia pacotes para o melhor uso do app. Só que agora, as companhias promovem uma petição contra o serviço. Uma fonte anônima disse ao G1: “Nosso ponto em relação ao WhatsApp é especificamente sobre o serviço de voz, que basicamente faz a chamada a partir do número de celular. O Skype tem identidade própria, um login, isso não é irregular. Já o WhatsApp faz chamadas a partir de dois números móveis”, explica.

Amos Genish, presidente da Telefônica Brasil, foi mais além e afirmou que o Whatsapp “é uma operadora pirata”. Isso tudo depois que o aplicativo inseriu em suas funções a ligação de voz. Agora, as operadoras de telecomunicações no Brasil querem que a Anatel intervenha no caso e, ao meu ver, proíba o Whastapp. Mas nesse caso, com as mudanças tecnológicas, agora seria um bom momento para reestudar as novas formas de comunicação e, com isso, ver a melhor opção para o consumido (claro que as empresas não estão pensando nisso, né?).

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A Netflix

Temos que ter em mente que novos negócios precisam seguir algumas regras, mas as leis necessitam ser atualizadas para esses outros tipos de serviços. Quem também está chiando por aí são as empresas de tevê a cabo por conta da Netflix. Parece que todo o status quo decidiu que agora é a hora de se incomodar. As companhias argumentam que a empresa americana não está de acordo com as leis de difusão de conteúdo e, por isso, não pratica um concorrência leal! Em comunicado ao site Olhar Digital, a empresa deixou claro que “A Netflix Brasil (…) paga todos os impostos devidos.”

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O casa Uber no Brasil

Outro advento nas novas tecnologias, o Uber, se tornou “persona non grata” nas maiores cidades brasileiras. Os taxistas se viram ameaçados com a facilidade que o aplicativo propunha e resolveram se manifestar. Não sem antes, criarem uma guerra contra os motoristas e usuários do app. A Câmara, inclusive, correu pra aprovar a punição aos motoristas que usam o aplicativo no último dia 20 de agosto. A multa pra que desobedecer por chegar a R$ 7 mil. Por outro lado, o presidente da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santos Cruz, analisa a decisão: “Está se esquecendo o usuário, a população nesse debate. Há uma pressa política que não se justifica. matérias que nunca foram regulamentadas agora são votadas em uma semana na Câmara”, explica ao jornal Metro.

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Spotify e cia.

Por fim, os serviços de streaming de música travam uma batalha com os artistas da indústria fonográfica. Alguns cantores e bandas não concordam com as formas como são feitas os repasses de dinheiro para os músicos. Quem colocou a boca no trambone, sem medo de nada, foi Taylor Swift. A cantora fez um texto, bem grande, no seu tumblr pra questionar como era feita a remuneração via Apple Music. A loira reclamou que durante o período de teste, os artistas não recebiam nada por suas canções e, ainda, justificou que não fazia isso por ela e sim em nome dos inúmeros músicos iniciantes que sofrem mais com a medida. Ela escreveu em seu site: “isto não é sobre mim. É sobre o novo artista ou banda que acaba de lançar seu primeiro single e não será pago por seu sucesso”. Mas, além disso, a gata já havia tirado todas seus álbuns do Spotify e outros serviços de streaming.

Uma das respostas mais imediatas foi a criação do Tidal. Jay Z, Beyoncé, Madonna, Rihanna, Coldplay, Taylor Swift e Daft Punk se uniram numa sociedade secreta pra ter controle sobre a distribuição de seus trabalhos na internet. O app não pegou muito e as pessoas não acham válido pagar um pouco mais que outros serviços, sem ao menos ter um tempo de trial, pra ter acesso à música em alta qualidade.