Para quem ainda não acompanhou a história é o seguinte: estava sendo veiculado um vídeo na televisão estrelado por Gisele para a marca de roupas íntimas Hope. O comercial intitulado “Hope Ensina”, mostrava duas maneiras de uma mulher abordar o marido depois de certos acontecimentos como bater o carro ou estourar o limite do cartão de crédito. Na primeira, ela aparecia vestida normalmente, na segunda apenas de lingerie. No momento que eu vi a propaganda, já saquei que ia dar (desculpe a palavra) merda. Mas só acho que a proporção foi tão grande por se tratar de Bündchen. Outra coisa me veio a cabeça, não era ela que insistia em não mostra mais a bunda em desfiles e campanhas?
Daí que a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República solicitou ao CONAR (Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária) a suspensão da veiculação. Será que a SPM pode fazer isso? Sim, poder pode. Qualquer pessoa ou órgão pode solicitar ao CONAR que suspenda uma campanha, por achar ofensiva, preconceituosa ou que cause prejuízo a uma imagem. Cabe ao Conselho analisar cada caso e aceitar ou não. Nesse caso da Hope achei a propaganda mais boba do que polêmica, me admira uma agência gastar tempo e dinheiro do cliente para fazer um vídeo tão bobo e sem criatividade nenhuma. A propaganda em questão, na minha opinião, reforça um estereotipo, mas várias outras também reforçam, só que essa é tão rasa e mal pensada, ou será que o cachê de Gisele acabou com o budget (verba) e não deu para fazer algo melhor?