Nunca fui uma pessoa de rótulos pra mim mesma! Não me enquadro em nenhuma “tribo”, não tenho um estilo de vestir fixo, nem sei falar qual meu gosto musical favorito. Por exemplo, adoro os filmes Como Perder um Homem em 10 Dias e Clube da Luta, coisas que, teoricamente, não fazem parte da mesma categoria. Não me considero nem hetero, nem gay, mas uma frase postada no Facebook (perdi a frase, gente) me fez pensar em como, depois dos 30, muitas coisas deixam de ser prioridade.
Primeiro, tenho uma relação tranquila com o meu corpo, apesar de ser magra, tenho uma barriguinha e estou bem flácida. Não curto exercícios físicos, mas sei da necessidade, ainda mais se fico sedentária começo a ter várias dores pelo corpo. Tenho celulite pra caralho e foda-se não fico sem sorvete e chocolate, mas também como salada e tomo suco quase todos os dias e evito refrigerantes (isso porque tenho problemas estomacais e eles são péssimos para o estômago). Não curto dietas, adoro comer e só de pensar em restringir algo do meu cardápio já fico tensa, mas não curto alho, evito pimentão e farofa que atacam muito “minha gastrite”. Isso tudo pra dizer que aceitei quem eu sou! NUNCA vou ser sarada, muito mais porque não quero e mais ainda PORQUE não preciso!
(Marilyn linda e “cheinha” pros padrões atuais)
Segundo, em uma conversa com meu namorado, eu percebi que sou bem resolvida sexualmente. Não tenho problemas em falar do assunto, em discutir coisas que gosto ou não com o meu parceiro e em experimentar. Mas vivemos num mundo chato da vigilância da vida alheia, por isso, me preservo muito nas redes sociais (e nunca tinha falado tão abertamente aqui no blog). Assim, cada um sabe as dores e as delícias do que acontece dentro de quatro paredes (ou dentro de um quarto, na rua, na praia, enfim… hehe). Sendo as duas pessoas adultas e com consentimento de ambas vale testar e experimentar.
Um terceiro ponto que me chama atenção é o “tal feminismo” em voga! Acho bem legal que muita gente abriu os olhos pra uma questão que diz respeito às mulheres há tanto tempo. Me considero feminista, vinda de uma família feminista, mas sem ter esse nome. Lá em casa éramos muitas mulheres que sempre cuidaram de tudo (e umas das outras) e não tinha nenhum homem pra gente “contar” no dia a dia. Por isso, aprendi que os homens podem ser seus companheiros/maridos/companheiros (isso se você gostar deles como parceiros) ou apenas amigos que te dão um help quando você precisa. Mas os homens também podem ser opressores e acreditar que um marido “pode tratar” a esposa como bem entender, sem pagar por isso.
Por exemplo, meus namorados sempre foram caras sensatos e nunca tive problemas pra fazer minhas coisas ou sair sozinha “porque ELE não deixava”. Atualmente moro com mais uma mulher (e meu namorado em outro lugar) e nós duas resolvemos tudo: seja coisas de casa, do carro, do trabalho, da vida. Isso é também uma forma de feminismo, sua independência quanto individuo, independente de gênero.