Muita gente nem deve ter parado para pensar que existem pessoas que ganham suas vidas desenhando. Eu digo isso porque meu namorado é ilustrador/quadrinista e minha avó não entende e fala que ele tem que fazer um concurso. “Mas vó, não existe concurso para quadrinista”, eu tento explicar, só que esse tipo de informação não faz sentido para ela. E quando você vive cercada de pessoas que têm essa diferente profissão, começa a se interessar e conhecer outras pessoas (nem sempre pessoalmente). Para se ter uma ideia, eu criei um board no Pinterest(*) só de ilustração, acho que seria uma coisa que tempos atrás não faria (ou será que faria?).
E nessa busca descobri 5 garotas bem bacanas e com trabalhos super fofos, sendo que de três delas eu tenho livros.
A primeira delas é Margaux Motin, francesa, nascida em 25 de Julho de 1978 e estudou na Ecole Nationale Supérieure des Arts Appliqués et des Métiers d’Art (nominho grande, hein?), em Paris. Além das histórias serem bem bacanas e identificáveis, ela fala sobre relacionamentos, filhos e ‘dramas’ do cotidiano, mas o mais impressionante é sua coleção de sapatos ilustrados. Não sei se ela realmente tem todos os sapatos que desenha, só sei que eles são lindos. Isso sem falar nas roupas que sua personagem/alterego usa.
Veja mais no site dela.
Outra francesa é Maureen Wingrove, 23 anos, que assina como Diglee, nascida em Lyon (cidade ótima para quem gosta de quadrinhos). Diglee é fã de Lady Gaga, bolsa Chanel e bolo de cenoura, como ela mesmo se apresenta em seu livro “Autobiographie d’une fille GAGA” e faz trabalhos para revistas femininas, literatura infantil, publicidade e quadrinhos. As suas tiras falam um pouco do dia a dia, com a irmã, as amigas e a mãe, ah claro, e seus três gatos. Mais uma vez, percebe-se nas ilustrações o cuidado ao desenhar roupas e sapatos.
Ela ainda fez uma série de ilustrações de blogueiras de moda.
Vale uma visita: Diglee.com
Mais uma francesa para completar o time, Madeleine Martin (não confundir com a atriz de mesmo nome) ou simplesmente Mady. Queria ela que seu nome fosse uma espécie de predestinação para ser tornar uma ótima boleira e fazer doces incríveis. Já que ‘madeleine’ são bolinhos franceses a base de ovos e farinha. Mas ao invés disso, ela se tornou ilustradora e supre sua frustração culinária desenhando. Em um de seus livros “Toutes le filles ne sont pas des Cordons-Bleus” (fazendo referência a prestigiada escola Le Cordon Bleu de culinária), ela fala sobre seu dia a dia e sua incapacidade de cozinhar.
Veja mais em Les Madeleines de Mady.
Pronto, fechei o time de francesas. Agora é a vez de apresentar Jacqueline, mas pode chama-la de Jackie. Ela está no ensino médio e criou um tumblr para compartilhar seus desenhos e animações com traços bem simples, quase infantis.
Visite o Chibird.
Agora, minha última e melhor descoberta: Yelena Bryksenkova. Nascida na Rússia, ela mora hoje em dia em Baltimore. Seus desenhos são incrivelmente detalhados e ela faz uma brincadeira com a perspectiva deles.
Observe como cada ilustração tem estampas e texturas diferentes.
No blog dela.
Ou no site.
(*) Para quem não conhece Pinterest é como se você criassem um mural virtual e vai afixando todas as imagens que acha interessante, bonitas e legais.
(**) Para conhecer mais o trabalho de algumas dessas e outras ilustradoras, acesse o site da Agência Virginie.
Imagens: Reprodução.