Pessoas “reais” nas capas de revistas

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(antes de começar o texto quero esclarecer que todas as pessoas, em qualquer capa de revista são reais. O “reais” aqui é pra fazer um paralelo com modelos selecionados pra estampar as publicações)

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Esses dias, eu tava no Facebook e pá, avisto que uma amiga foi capa de revista. Não era revista de moda, como tinha acontecido há alguns meses, mas é uma publicação de grande circulação no país. Algum tempo antes, outra amiga foi capa, dessa vez de um título importante do universo fashion. Mas isso me faz questionar: as revistas perceberam que nos identicamos mais com pessoas com aparências reais do que modelos superproduzidos?

As duas publicações em questão são Mundo Estranho (edição de agosto) e Elle (edição de junho) que estampam Mayra Fernandes e Nina Grando, respectivamente. As duas eu conheço pessoalmente e a Nina até fez um relato emocionante sobre a importância de estar numa publicação de moda, no site da Ovelha.

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A revista Elle tem prestado atenção a esse novo fenômeno e também estampou em sua capa digital a blogueira Juliana Romano, do blog Entre Topetes e Vinis. O que chamou bastante atenção é que moça em questão tem um silhueta Plus Size e a revista foi amplamente aplaudida por sua escolha. A versão impressa dessa mesma edição veio com uma capa de espelho pra todo mundo que quisesse ser estrela da Elle por um dia!

Além da capa da Elle de junho com a Nina, outras duas mulheres também estamparam a publicação: Deise Nicolau e Christel Runte.

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Eu achei essas escolhas ótimas para criar a ideia de que existem várias belezas no mundo. De diferentes idades, formas físicas, etnias… Está mais que na hora que o mundo editorial perceba que suas clientes se identificam mais com pessoas ditas “reais” e ficam melindradas com supermodelos.